Nunca tão ébrio...
Real, tão real, tão ébrio...
Deitado na solidão tão ébrio....
Adormecendo no nenúfar sem lago
Contando as estrelas
Como um pastor sem gado
Recordando pessoas sem nome
Esquecendo-se do mundo que têm fome
Pendendo os cabelos que mentem
Unem-se formando uma corda
Tecendo-se uma manta morta
Que prende a esperança nas costas
Como uma vela que se prende ao mastro
Uma mãe que traz o filho á vida
Descobre-se que os dias são longos
As noites são filhas da lua
O tempo que não passa
Sempre que dizemos que o circo tem graça
Por isso rimos com sede
Esperando que a chuva nos traga água
Uma virtude que desce pela cascata
Sem nunca ser levada á ribalta
S
omos por vezes puros como a água
Ébrios como o vinho
Com uma pipa na mão para correr água
A olhar o céu para cair vinho
Na vida de um Eduardo.
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